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Pablo no dia que chegou no abrigo e alguns dias depois. Ninguém encostava a mão nesse menino! |
A nossa ideia era fazer CED (capturar – esterilizar –
devolver) com ele, mas nos dias em que ele ficou na casa do Viva Gato nós vimos
que ele era um gato muito medroso. Aquela braveza toda não era braveza de
verdade, era medo. E aí começamos a pensar que talvez não fosse bom para ele
ser devolvido... Deixamos ele na quarentena, castramos e tivemos uma grande
ajuda da Dra. Letícia, veterinária que está se especializando em tratamentos
naturais.
O Pablo continuava arredio, apanhava até de filhotes, mas no
início do tratamento já começava a deixar que passássemos a mão em sua cabeça.
Claro que antes ele rosnava, abaixava as orelhas e nos olhava com aquela cara
de “se você vacilar eu te mordo”. Mas a
nossa missão é cuidar deles, então continuamos a insistir. A gente já estava
até conformado que ele ia viver para sempre no abrigo. Afinal, quem ia querer um
gato adulto e arisco?
Mas quem disse que milagres não acontecem? Quem disse que não
existem pessoas iluminadas que querem dar uma chance para esses meninos? A Dra.
Letícia e seu marido, Higor, que já tinham adotado o Suspiro com a gente,
resolveram levar o Pablo para casa. Vocês nem imaginam o chororô que foi no
dia! Todo mundo no abrigo emocionado, e todo mundo que não estava lá na hora,
mas foi avisado também chorou. Era uma notícia boa demais!
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Primeiros dias do Pablo na casa nova |
Desde então a Letícia tem mandado notícias pra gente. No início
o Pablo ainda estava na dele, com medo, arredio e desconfiado. Depois, com a
ajuda dos novos pais e do irmão Suspiro, foi se soltando. E está cada dia
melhor! Já aceita carinho, está bem mais relaxado (dá pra ver na expressão da
carinha dele e no jeito de olhar).
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Pablo e seu irmão Suspiro, que também foi essencial para a adaptação dele |
Nosso maior desejo é que muito mais pessoas se inspirem na
estória do Pablo e deem uma chance para os gatinhos “menos adotáveis” dos
abrigos. Na casa do Viva Gato temos muitos. São os adultos, os pretinhos, os
cinzinhas e as escaminhas. Muitos deles deixados de lado pela idade ou pela
cor, apesar de serem extremamente carinhosos. Muitos outros porque são um pouco
ariscos. Sabemos que muitos desses gatos considerados ariscos no abrigo podem
mudar bastante o seu comportamento em lugares com carinho, paciência e menos
gatos. Quem sabe ainda vão aparecer pessoas pra dar uma chance para eles não é?
Depois do exemplo do Pablo, tudo pode ser possível.
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A tranquilidade na casa nova |
A gente vai agradecer para sempre tudo que a Letícia e o
Higor (e o Suspiro) estão fazendo por esse menino. Vocês são muito especiais!!
E merecem tudo de bom sempre. Todos nós do Projeto Viva Gato desejamos toda
felicidade do mundo para a família de vocês!